Minhas Anotações

Especialização em "Tecnologias da Informação e da Comunicação na Promoção da Aprendizagem"

Wednesday, August 16, 2006

QUESTIONANDO . . .


Considero de grande importância deixar registrado algumas impressões relativas ao texto: Conteúdos: Para quê? Por quê? de autoria das professoras Beatriz C. Magdalena e Íris Elisabeth Tempel Costa, pois trata de questões voltadas diretamente ao trabalho do(a) professor(a) em sala de aula, do nosso compromisso enquanto educadores aos conteúdos desenvolvidos.

Pelo número elevado de informações resultante do conhecimento construído pelos homens a cada dia que passa, nos questionamos como a escola dará conta de todo esse processo, levando em consideração que o volume de conteúdos trabalhados na escola continua estático?
A preocupação é enorme, uma vez, que a estrutura educacional está voltada aos conteúdos programáticos e, a sociedade externa pressiona a escola a se voltar à preparação do vestibular e ao mercado de trabalho. Pensando nesses fatores, encontramos grande resistência dos colegas à mudanças, principalmente quando a questão é trabalhar com Projetos de Aprendizagem, voltando-se as suas inquietações aos conteúdos curriculares.
Muitos dizem:
- Precisamos dar conta do conteúdo da série! Se não trabalharmos os conteúdos da disciplina, como o aluno irá no vestibular? E assim por diante...
Porém, sabemos que muitos alunos desistem dos estudos já no ensino fundamental. Outros que seguem, não concluem o ensino médio e muito destes, não chegam a realizar o vestibular. Sem falar que muitos não conseguem competir no mercado de trabalho. E os que enfrentam o ensino superior, na fala que perpassa, também possuem defasagem na aprendizagem, como: muitos erros de ortografia, falta de clareza na escrita de relatos, pesquisas sem fundamentação, etc. Aí, se questiona: Para que servem os conteúdos programáticos? Os alunos aproveitam no dia-a-dia o que aprenderam? Há garantias de que os conteúdos específicos na grade programática são elementos fundamentais no preparo para enfrentar um curso superior ou obter um espaço no mundo do trabalho?
Há profissionais da área educacional preocupados, voltados a mudanças, `a novos paradigmas. Mas, há outros que continuam reproduzindo conhecimento. Esta forma de transmissão do conhecimento é forte. São poucos os professores preocupados em reorganizar o conteúdo que possibilite maior compreensão ao aluno, que construa significado, que esteja aberto ao diverso e centrado nas questões e problemas dos alunos, que interprete a realidade em que vive. Vera Frantz

1 Comments:

At 12:45 PM, Blogger Aline_Kunst said...

Olá Vera!
Concordo contigo. Essa neurose de vestibular não nos serve de nada. Atualmente trabalho com jovens e adultos e o sonho deles não é fazer o bentito vestibular, mas sim conseguir um emprego qualquer. Então pergunto: o que é necessário que meus alunos aprendam? Com certeza não é calcular fusos horários e nem que cidade fica aonde...
Olha que é difícil convencer meu colegas disso. Mas continuamos a lutar.
Boa semana!
Beijos
Aline

 

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